Às vezes é preciso perder.

Há um adepto que se adapta a Deus e há um que adapta Deus. Há um pregador que adapta o adepto e outro que se adapta ao adepto. Há religiões que dizem que lá, você pode fazer e viver do jeito que a sua atual religião proíbe. Haverá algumas exigências, mas em troca você poderá fazer exatamente isso que deseja fazer. Vão pedir a você que acredite nisso, mais nisso, mais naquilo e deixe de crer nisso, mais nisso, mais naquilo e contribua com isso, mais isso, mais aquilo. Em compensação, você poderá ter o que tanto deseja com as bênçãos deles e de Deus. É mensagem adaptada por um inteligente esquema de marketing. Uma coisa é o que se diz ao chamá-lo, outra, depois que aderiu.
Algumas religiões se adaptam ao mundo que dizem combater. O mundo quer aborto, divórcio e mais riquezas e elas acabam sacralizando e até permitindo, em determinadas circunstâncias, dois ou três divórcios, até mesmo algum aborto. Sacralizam também a busca da riqueza. Não faltam trechos em seus livros sagrados para dizer que Deus abençoa com mais bens a quem o aceita como Senhor.
Preste atenção na prática e na pregação de alguns grupos modernos e verá para onde caminham as religiões, abertas à competição, confronto, violência, busca desenfreada de adeptos.
Adaptar-se até que ponto para fazer ou ser adepto? Você escolhe a qual religião deseja pertencer. Num mundo onde lucros, números e crescimento tornam-se obsessão e até idolatria é muito difícil crer em Deus e manter a fraternidade. Ninguém gosta de perder e os fraternos às vezes perdem em favor do outro. Quando somos ensinados a ser vitoriosos e vencedores e nos dizem que Deus nos reservou os primeiros lugares já não estamos falando da mesma Bíblia. E, quando até os religiosos ensinam isso, está armado o confronto. Alguém não vai aceitar; alguém vai reagir. Um grande número de guerras tinha um pano de fundo religioso. Alguém acreditou que era mais verdadeiro, mais fiel e mais filho do que os outros e por isso invadiu ou matou. Passarão séculos antes que aprendamos o que é conviver! Ainda não está claro para a grande maioria dos políticos e religiosos.

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