São João Maria Batista Vianney

Santo Cura de Ars, como ficou conhecido, foi um sacerdote francês, canonizado pela Igreja Católica. É considerado o padroeiro dos sacerdotes.
Era filho de Mateus Vianney e Maria Béluse, e o quarto de seis irmãos numa família de camponeses. Somente foi ordenado sacerdote depois de vencer muitas dificuldades. Foi-lhe confiada uma pequena paróquia em Ars, na diocese de Belley, foi admirável exemplo de vida de cristã, exercitou uma eficaz pregação, com a mortificação, oração e caridade. Revelou qualidades excepcionais na administração do sacramento da Penitência e na direção espiritual das almas. Sua fama de santidade correu por toda a França ainda em vida, de todas as partes acorriam pessoas para se confessar com ele e ouvir os seu conselhos. Faleceu em Ars, em odor de santidade, em 1859.
Três anos após a sua morte o bispo Monsenhor Langalerie, deu início ao processo da sua canonização e ouviu setenta testemunhas. O Papa Pio IX, em 1866 abriu o processo Apostólico, em 30 de outubro de 1872 foi declarado Venerável, em 8 de janeiro de 1905 foi declarado Beato e patrono de todos os sacerdotes que têm cura de almas na França, por Pio X. Foi canonizado pelo Papa Pio XI em 1 de novembro de 1924. A sua festa litúrgica é comemorada no dia 4 de agosto.
Por ocasião do centenário da sua morte, em 1959, o Papa João XXIII promulgou a Carta Encíclica Sacerdotii Nostri Primordia realçando a suas virtudes e relembrando o seu exemplo principalmente para os sacerdotes da Igreja Católica.
Dele disse João XXIII: "Por último, resta-nos evocar na vida de s. João Maria Vianney este aspecto do ministério pastoral, que para ele, durante muitos anos de sua vida, foi como um longo martírio e fica para sempre ligado à sua memória: a administração do sacramento da penitência, que dele recebeu singular brilho e produziu os mais abundantes e salutares frutos. "Em média, cada dia, passava quinze horas no confessionário. Este labor quotidiano começava de madrugada e só acabava à noite". E quando caiu esgotado, cinco dias antes de morrer, os últimos penitentes aglomeravam-se à cabeceira do moribundo. Calculou-se que no final da vida, o número anual dos peregrinos atingisse oitenta mil." (op. cit.)
"Dificilmente se podem imaginar as contrariedades e os sofrimentos físicos destas intermináveis horas no confessionário, para um homem já esgotado pelos jejuns, macerações, enfermidades, e falta de sono... Mas, acima de tudo, ele sentia-se como moralmente esmagado pela dor. Escutai a sua lamentação: "Ofende-se tanto a Deus, que quase nos sentimos tentados a pedir o fim do mundo!..É preciso vir a Ars para se saber o que é o pecado e a sua multidão quase infinita... Não se sabe o que se deve fazer: só se pode chorar e rezar". O santo esquecia-se de acrescentar que tomava também sobre si uma parte da expiação: "Pela minha parte - contava ele a quem lhe pedia conselho - dou-lhes uma penitência pequena e o resto faço-a eu por eles"."

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