Discípulo de Cristo não é como o de Platão, Aristóteles ou Marx

O discípulo de Jesus “se caracterizava pela experiência de estar com Cristo e fazer o caminho”. Jesus mesmo é “o Caminho”.
A experiência do discípulo de Jesus “é de que Cristo vive, é experiência de comunhão com Ele no hoje do tempo”.
“Quando alguém afirma sua fidelidade ao cristianismo, mas não vive a experiência mística de encontro com Cristo na oração, na Eucaristia e na experiência comunitária, ele não é propriamente cristão, é um ‘cristianista’”,(termo do filósofo Remi Brague).
O ‘cristianista’ “adota a doutrina, os princípios do cristianismo, até os defende, mas não vive a experiência fundamental de estar com Cristo”.
A autenticidade da experiência de viver com Cristo e de Cristo se revela no seguimento. “Este se dá na história. Ter tudo em comum hoje é empenhar-se pela realização da comunidade. Em primeiro lugar está o reino de Deus. O resto vem por acréscimo”.
O arcebispo aponta dois inimigos que “rondam permanentemente” o discípulo de Cristo: a riqueza e o poder.
“Quem não sabe abrir mão do que possui para que o outro possa desfrutar daquilo que Deus destinou a todos, está longe de ser cristão, discípulo”. “O outro inimigo é o poder, ou melhor, seu desejo, como forma de auto-afirmação”.
Estes dois inimigos, são “mortais para a família e para todas as instituições, também para as comunidades cristãs que se esquecem de voltar sempre a Jesus”.
“Não há instituição, por mais que se declare de inspiração cristã, que sobreviva como tal sem uma autêntica comunidade de discípulos. Estes só serão sal e luz se conservarem a capacidade de salgar e tiverem acesas e sobre candelabros sua luz.”
“Somos apenas “cristianistas” quando somos por condição cultural adeptos da doutrina e praticantes das regras de vida cristãs, mas não experimentamos o Cristo vivo e somos incapazes de ver o outro com seus olhos”. Diante disso, é preciso“recomeçar a partir de Cristo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário