Diante de Deus você não é avaliado pelo que se vê

Talvez você sofra e até se revolte contra a vida ou contra Deus, porque não tem aquele corpinho de “top model” ou aquele cabelinho como a da artista da novela; ou porque você é um rapaz que não tem aquela musculatura especial... ou porque a sua estatura é pequena...
A mídia colocou na sua cabeça que o “mais importante” é ser bonito de corpo, esbelto, magro, segundo os “padrões de beleza” dos que ditam a moda para os outros.
A propaganda colocou na sua mente uma grande mentira de que se você não tiver aquela calça “da moda” ou aquela camisa “de marca”, então, não poderá ser feliz.
O comercial de TV e as novelas lhe ensinaram uma coisa perversa: se você não for “sexy”, não poderá ser feliz e não terá um namorado, será rejeitada(o). Tudo isso é uma grande e malvada mentira!
Por causa dessa “cultura do corpo”, que hoje ocupou o lugar da “cultura do espírito”, muitos jovens estão angustiados e até mesmo “escravizados”, porque não conseguem atingir esse padrão de “beleza”.
Ora, saiba que se você construir a sua felicidade em cima destes valores, esta será efêmera, vai acabar muito cedo e deixar você no vazio. A verdadeira beleza está na alma, no interior, é invisível aos olhos; ela só pode estar naquilo que não acaba; que o tempo não envelhece.
Vi um jovem chorar, amargurado, porque o seu carro novo tinha batido; junto com o seu carro, tinha amassado a sua felicidade...
Deus seria injusto se a sua felicidade dependesse da cor da sua pele, do perfil do seu corpo ou da ondulação do seu cabelo. Pois tudo isso é genético e você não pode mudar isso; já nasceu assim. O Senhor quer que você descubra a felicidade que não acaba, no seu interior, na sua alma, para que esta seja autêntica e duradoura.
O Altíssimo não o valoriza pelo seu cabelo, nem pelo seu corpo, nem mesmo pela cor dos seus olhos ou da sua pele, muito menos pela sua roupa. Deus o ama por aquilo que você é; e do jeito que você é.
Diante d'Ele você não é avaliado pelo que se vê.
Por isso, atire para longe, já, este complexo de inferioridade, olhe menos para o espelho e mais para a sua alma.
Cultive o seu saber, a sua fé, sua espiritualidade, seus amigos e amigas, sua família, seu trabalho, sua profissão e seu Deus, muito mais do que o seu corpo.
Aprenda a gastar mais o seu tempo e seu dinheiro em coisas e atividades que fazem você “crescer” naquilo que não passa e que o tempo não destrói.
Michel Quoist, um grande padre francês, dizia aos jovens que para ser belo é melhor parar “cinco minutos diante do espelho, dez diante de si mesmo, e quinze diante de Deus.” Não inverta esta ordem, para que você não fique de cabeça para baixo.
Se a beleza física fosse sinônimo de garantia de felicidade, não encontraríamos tantas artistas frustradas, buscando fugir das suas angústias nas drogas, muitas vezes. Quantas moças lindas já morreram numa overdose de cocaína!
Se o dinheiro fosse sozinho garantia de felicidade, não encontraríamos tantos ricos angustiados e tantos ídolos que acabam com a própria vida no suicídio. Quantos astros e cantores famosos já puseram fim na própria vida, na flor dos seus anos!
O grande filósofo francês Paul Claudel dizia que “o jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio”.
Aí está, jovem, diante de você, um belo desafio: não construir a sua felicidade numa vida de consumismo e de busca de prazer e de beleza física, que “enchem os olhos” das pessoas quando o veem passar. Construa a sua vida naquilo que os olhos não veem, mas que é essencial: honra, saber, moral, caridade, bondade, mansidão, força de vontade, humildade, desapego, pureza, paciência, disponibilidade. Esses são valores que o põem verdadeiramente de pé!
Tudo talvez estará contra você neste desafio, mas Deus estará com você. E isso basta.

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